Não quero sair de cena
Mas as pedras estão surgindo no meu caminho
E assim que a turbulência passar
Terei que partir sem lembrar o que ficou
Sentirei muitas saudades
Mas tem horas que o eclipse não é bom para a lua
E assim é melhor seguir a estrada
Para que o céu volte a ter estrelas
Meu destino sempre foi feito de inglórias
Já não tenho mesmo esperança
De encontrar outros campos abertos
Onde possa acampar com minhas vestes surradas
O pano vai cair no fim espetáculo
Minhas lágrimas já molham o palco
E eu não sei sorrir para você ver meus olhos
Enquanto a sala fica vazia
Um dia lembrará que passei na tormenta
E que talvez eu não tenha sido a calmaria que esperava
Mas saberei levar na lembrança os momentos felizes
Mesmo que para isso os infelizes também me sigam
Meu destino é incerto
Meu coração é partido
Minha aflição em deixar-te é tudo que temo
Mas mesmo assim cairá o pano
Meus temores irão tomar posse das minhas terras
Meu por do sol não será como sonhei
Só tenho que me despedir
Sei que será melhor pra você
Quando em lugar de amor
ResponderExcluirse tem o vício
e ao se supor
que um erro do princípio
perdura por toda vida
se perde o que se ama
e só se vive o ódio.
Se quando em cólera
que o sangue ferve
palavra que se escarra
e a quem se ama fere
que mais penoso desfecho
semelhante a uma chuva de seixo
quão infeliz episódio
A verdade seja dita
por insanidade ou medo
insegurança maldita
vezes tarde, outras cedo
acomete até mesmo
quem nao somente ama a esmo
e traz sua amada ao topo do pódio
Talvez aqui ditos vocábulos
de nada valham
para mostrar os ridículos
que mais e mais se entalham
e cada vez mais fundos
pior amargura dos mil mundos
destroem o que por tanto se desejou.
Saiba que sim, eu te amo
e que sempre me mantive no plano
erros que cometi nao se repetiram
e deslizes que viu nao foram propositados
Perdoe estes versos pobres
e entenda o significado nobre
que por eles venho lhe passar.
Denso, lindo e triste. Suas poesias para mim, sempre me surpreendem. Te amo Flávio
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