sexta-feira, 25 de junho de 2010

Só Chiquinho salva.

Poesia Poesia

Não sei sentir
pelo contrário
só sei fingir.
E minto tão bem
que me engano sempre
esqueço que sou de alguém
faço de mim mais uma na gente
Nada de vocabulário fino
no momento sou frieza
e se duvidarem de mim avise
que confirmarei com clareza
Vai pro outro lado
saia logo de perto
pego antipatia rápido
desconheço o certo.
E não vou mais falar
refletir ou pensar
pode cair o céu hoje
mas me esqueça.
Não quero mais azar
sem receber em troca
um pouco do que é amar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Evaporar


Em qualquer lugar que esteja, serei fiel
Dentre as flores ou sobre o mar
No branco das nuvens ou do papel...
Onde quer que possam me achar

Tirando o sono, como cafeína
Servindo de inspiração pr'um desenho
Estampada como alma de menina
Não sei pr'onde vou, nem de onde venho

Quero ser respirada, tocada e sentida
Como o peso d'uma lágrima ou a leveza do ar
Para que se possa sentir a essência da vida

Serei a esperança eufórica da multidão vazia
E a solidão daquela caixa de fotografia
Porque quando morrer, eu quero virar poesia

Carolina

Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor, a dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe,
Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu.