sexta-feira, 29 de julho de 2011

Até qualquer dia...

Sei que não poderei impedir que meu mar fique seco
Que as ostras fiquem sem pérolas
Que meus olhos fiquem sem sonhos
que eu me afoque em meu desânimo

Sei que depois da tormenta
Virá o desencanto
Não haverá mais rosa
Não haverá um novo canto

Sei que tudo findará
A estrela apagará
As lembranças ficarão
Só não sei se terei mais um coração

Sei que o arpoador fica logo ali
Mas como ir passear se não poderei sorrir
Meu sorriso voará para longe
Para terra sem sonho perto ou distante

Ficarei sem rumo
Ficarei sem um olhar
Ficarei sem meu mar
Ficarei sem vida para poder pelo menos gostar

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