segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Elisabeth e as quatro paredes

- E pra você, o que é o amor? - perguntou o garçom.
- Ahhh, o amor... O amor era 1997, em Salvador. Era a Elisabeth.
Era chegar em casa e não se preocupar mais com nada. Misturar tudo que tinha na geladeira e comer, sabe? Era aquela televisão ligada no mudo com a calcinha dela em cima, a antena no chão, a cama na sala, lençóis caindo, travesseiros em cima da estante, celulares desligados, aquele aquário perto da porta... e ainda bem que aqueles peixes não falavam. Eram bilhetinhos azuis na parede, marcas de batom vermelho em mim e o all star amarelo dela no chão - o amor era tão colorido! Era estar em casa e não querer mais sair. Era passar madrugadas acordadas, tardes inteiras dormindo, almoçar meia noite e tomar café às três da tarde...


Era a liberdade da época da Elisabeth e daquelas quatro paredes...
Lá dentro eu aprendi que o amor cabe em qualquer lugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário